quinta-feira, 17 de março de 2016

O desfazer de uma vida mas continuo SEMPRE em frente com um SORRISO

Entre o andar num vaivém com sacões e sacos...



Por vezes paro e de olhos postos no meu amigo limpo a alma...



No meio deste tsunami no meu SOS-Avó "mantenho o gargalo de fora" com estas pestes "negra e castanha". Coitado do Lucky que tem por companhia uma Zara completamente destravada, destemida e brincalhona. Cansado rosna-lhe para que ela pare o que obedece sem refilar. Quando chegam as netas começa de novo a brincadeira e farto-me de rir só de os ver.



A minha mãe está a adaptar-se muito bem e acho que irá ter mais visitas da família e amigos do que tinha na sua casa! Já fez capinhas para telemóveis a pedido das companheiras e pregado botões e outros ões que lhe pedem.

Uma vez mais as minhas desculpas de não ter ainda disposição para deixar o meu comentário nos vossos espaços. Leio apenas para ficar a par do que se tem passado a nível pessoal, nacional ou internacional.

Um abraço sincero para ti que me lês!

sexta-feira, 4 de março de 2016

Lentamente começa a assentar a poeira da derrocada.


"Se Deus não quis que eu partisse é porque ainda tem alguma missão para mim. Como tal, devagar vou aceitando a mudança na minha já longa vida".

Palavras da minha mãe onde o sorriso desapareceu do seu rosto mas que aos poucos vai surgindo.

Continuo agarrada ao volante do meu camião TIR. Soltou-se a carga e estouraram os pneus. Encostei na berma da estrada da vida toldada pelas lágrimas. Caiu neve na minha alma e o frio é tão doloroso. A minha garra e força voltaram depois de momentos angustiantes e cansativos. Há quem esteja bem pior e voltei à estrada porque só assim a posso ajudar e também ajudar o meu "eu" e alinhar as coordenadas de uma nova etapa onde a família se juntou de novo.

No Lar tem junto dela tudo o que queria e para trás ficou um recheio do qual já se despegou como se despegou de outros ao longo da sua vida. Não há riquezas e para mim a única "joia" daquele mundo é ela e para já todos conseguimos um lugar digno e condigno onde se sente confortável.

É a vida e infelizmente muitos velhos e até novos, não têm quem os ajude, conforte e abrace.

Quando a filha regressar do congresso e já em ordem a "papelada dantesca das mil e uma coisas que tratei" voltarei aos meus "livros de bolso" que são os vossos espaços dos quais já sinto falta.

Acredito que o sol brilhará de novo!

Um abraço a tu que me lês!